A tecnologia inovadora permite inserir no próprio Aedes uma bactéria que impede que os vírus dessas doenças se desenvolvam nestes insetos
Combater
o mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, Zika e chikungunya, é
uma das prioridades do Governo do Brasil. Além de vigilância em saúde e
pesquisas para produção de uma vacina, o Ministério da Saúde aposta no
Método Wolbachia. A tecnologia inovadora permite inserir no próprio
Aedes uma bactéria que impede que os vírus dessas doenças se desenvolvam
nestes insetos. O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explica
como funciona a tecnologia.
"Essa bactéria, ela é transmitida no acasalamento. E isso daí faz com
que a gente tenha sustentabilidade. Ela ocupa o local aonde o vírus
sentaria, como se fosse o cockpitzinho ali, a cadeirinha do vírus, a
wolbachia senta na caderirinha o vírus vem e não consegue sentar. E essa
bactéria ela está presente no número enorme de mosquitos, nos
invertebrados, é inerte para o ser humano. Então, por isso, é que a
gente tem uma certa tranquilidade em fazer”, explica.
Mas, mesmo tendo a ciência como aliada, não devemos descuidar da
prevenção. É preciso eliminar os criadouros e evitar o acúmulo de água,
onde o mosquito se prolifera, alerta o ministro.
“Olhe a sua casa, o mosquito ele é sempre, peridomiciliar, o foco
sempre vai estar ou perto do ambiente de trabalho ou perto da sua
residência. Então, revejam sua casa, revejam vasos de planta, pneu,
garrafa, não deixe a água parada, retira, uma retirada de um foco
elimina milhares de casos", ressalta.
O Ministério da Saúde já investiu R$ 31,5 milhões no desenvolvimento
da tecnologia. Até o momento, o método Wolbachia já foi aplicado em 28
bairros do Rio de Janeiro e 33 de Niterói, beneficiando 1,3 milhão de
pessoas. Para o ano que vem, o Ministério planeja soltar Aedes com a
Wolbachia em Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Belo Horizonte (MG),
Fortaleza/CE, Foz do Iguaçu/PR e Manaus/AM.
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