No ano passado, Alagoas registrou mais de 31 mil notificações de doenças causadas pelo vetor.
Alagoas
está entre os 11 estados brasileiros que podem ter surto de dengue este
ano, de acordo com a previsão do Ministério da Saúde. Rodrigo Said,
Coordenador Geral de Vigilância em Arbovirose da pasta, afirma que, em
2020, o risco está relacionado ao sorotipo 2, pois não houve uma
circulação “significativa” deste vírus no estado, nos últimos anos.
“Essa mudança no padrão de circulação que ocorre agora nesses
estados, e a possibilidade de ocorrer nos estados do Nordeste, apontam
para um cenário de risco, que exigirá ações de vigilância para monitorar
essa situação.”
Além dos alagoanos, os oito estados restantes da região Nordeste
poderão ser afetados por um possível surto do tipo 2 do vírus da dengue.
Ao ser infectada por um sorotipo de dengue, a pessoa se torna imune a
ele. No entanto, se contrair a doença novamente por outro sorotipo, pode
manifestar-se de forma mais grave do que na primeira vez.
E os dados epidemiológicos computados pela Secretaria de Saúde do
Estado reforçam a importância da mobilização contra o mosquito
transmissor da doença, o Aedes aegytpi. No ano passado, Alagoas
registrou mais de 31 mil notificações de doenças causadas pelo vetor.
Desse total, 88% dos registros corresponderam à dengue. O tipo do vírus
que mais circulou, em 2019, foi o sorotipo 1.
Neste ano, até a terceira semana de janeiro, os gestores locais de saúde registraram 21 casos confirmados.
Diante de um possível surto de dengue por conta da circulação do
sorotipo 2 no estado, a secretaria de saúde tem buscado intensificar as
ações de combate ao mosquito. As ações de inspeção dos agentes de
endemia nas residências estão mantidas e há, segundo a secretaria, a
previsão de mutirões de limpeza nos municípios alagoanos.
O gerente de Vigilância e Controle de doenças Transmissíveis da
Secretaria de Saúde do Estado, Diego Pereira, revela que os maiores
focos do mosquito estão dentro das casas, principalmente, nos
reservatórios, como caixas d’água.
“Precisamos que a população abra as suas portas e deixe que os
agentes de endemia entrem para realizar o trabalho [combate aos focos]
de forma efetiva e consigam os minimizar impactos.”
A luta contra o mosquito Aedes aegypti é um trabalho de todos, por
isso é importante evitar deixar água acumulada em recipientes como vasos
de planta, pneus, garrafas e até mesmo piscinas sem uso e manutenção. E
se você tem alguma dúvida, entre em contato com a equipe de Vigilância
do seu município.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa.
Proteja a sua família. Para mais informações, acesse
saude.gov.br/combateaedes.
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