quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

MS: Alunos do SESI Dourados se classificam para nacional do Torneio de Robótica FLL

A equipe “Mega Mente” desenvolveu um novo formato de “tijolo” para evitar desperdício no setor da construção civil. Os alunos conquistaram o 1º lugar Categoria Design de Robô e o 3º lugar do Champion´s Award, em torneio regional

Equipe Mega Mentes / Arquivo Pessoal

A equipe “Mega Mente”, do SESI Dourados (MS), está dentro do grupo das 100 equipes selecionadas para a etapa nacional da maior competição de robótica do mundo, a FIRST LEGO League (FLL). Os estudantes desenvolveram um novo modelo de bloco modular, usado na construção civil para as edificações. 
A próxima etapa do torneio será entre os dias 6 e 8 de março, na Bienal, em São Paulo. A FLL faz parte de um programa internacional de exploração científica, que promove o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática no ambiente escolar e contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais.  
O time de Dourados conquistou o 1º lugar Categoria Design de Robô – Desempenho do Robô, uma das grandes atrações do torneio, além do 3º lugar do Champion's Award – classificação geral. 
Segundo a integrante da equipe Yasmim Nascimento Fidelis, 16 anos, o grupo foi atrás das problemáticas da construção civil e chegaram a um consenso sobre o desperdício de materiais nesse segmento; e assim nasceu o projeto do Bloco Híbrido Modular. “Desenvolvemos um protótipo de tijolo. O nosso tijolo tem uma perfuração relacionado ao tijolo modular e tem um lado que é tijolo 8 furos. Pensamos na adaptação e pensamos na passagem de fiação e encanamento”, detalha.
Yasmim garante que com esse novo formato, haverá redução no desperdício, porque não precisaria mais, por exemplo, quebrar uma parede para inserir tomadas ou qualquer tipo de fiação. Assim, consequentemente, o impacto ambiental também seria menor. Para a jovem, poder desenvolver soluções como essa, dentro de um torneio como o da FLL, é importante para a vida. “Bom, eu acho incrível, já participo há 3 anos, da FLL, e é um momento de aprendizado que você consegue compartilhar ideias com várias equipes, você consegue adquirir mais responsabilidade e o fato de você estar apresentando um projeto é algo inesquecível”, aponta.
A cada ano, um tema diferente é apresentado aos alunos e, para este ano, a temática é em cima da ideia de construir cidades inteligentes e sustentáveis, batizada de City Shaper. Os alunos são instigados a pensar em problemáticas urbanas, dificuldades presentes no dia a dia das pessoas, como, por exemplo, a falta de acessibilidade, de transporte eficiente; e são provocados a desenvolverem soluções tecnológicas para melhorar essa realidade.
O torneio
Nos torneios de robótica FLL os competidores são avaliados em quatro categorias: Projeto de Pesquisa, Desafio do Robô, Design do Robô e Core Values. Os grupos da FLL utilizam um aplicativo disponibilizado pela LEGO, com uma linguagem em blocos. A construção do robô de LEGO é a grande atração dos torneios FLL, porém, não é a única prova. Além de mostrar conhecimento técnico, domínio da tecnologia, os estudantes também precisam mostrar capacidade de trabalhar em equipe, de compartilhar conhecimentos, de ajudar uns aos outros, em um clima de competição amigável. 
Para o técnico da equipe Mega Mente, o professor de Física Wesley Coelho, essa é uma das grandes vantagens do torneio, a de juntar conhecimento técnico com crescimento humano. “Participar da competição proporciona uma experiência incrível. Além de estar atuando diretamente na metodologia STEAM com os alunos, o aprender fazendo, acima disso está o aprender ser. Aquilo que você coloca de valores para os alunos, que a gente coloca muinto, e isso não tem preço”, afirma. 
Desde 2006 o SESI investe na inserção da robótica educacional nas salas de aula. Atualmente, todas as suas 505 escolas pelo Brasil contam com o programa no currículo. O SESI é a instituição responsável pela organização do torneio (etapas regionais e nacional) no Brasil desde 2013.




Camila Costa

Jornalista formada há 10 anos, foi repórter de política no Jornal Tribuna do Brasil, do Jornal Alô Brasília e do Jornal de Brasília. Por cinco anos esteve no Correio Braziliense, como repórter da editoria de Cidades. Foi repórter e coordenadora de redação na Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), vinculada à Presidência da República. Recebeu, por duas vezes, o Prêmio PaulOOctavio de Jornalismo e, em 2014, o Prêmio Imprensa Embratel/Claro 15° Edição. Hoje, Camila é repórter da redação da Agência do Rádio.

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