Estado está em alerta para a circulação do vírus tipo 2, com o qual boa parte da população nunca teve contato.
O
Piauí é um dos 11 estados que pode ter surto de dengue em 2020. Segundo
o Ministério da Saúde, o estado está em alerta para a circulação do
vírus tipo 2, com o qual boa parte da população nunca teve contato.
Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do
Piauí, Amélia Costa, a baixa cobertura de saneamento básico no estado é
um dos fatores que explica os mais de oito mil casos prováveis da doença
registrados em 2019. Esse fator, para a gestora, tem sido o principal
obstáculo no combate ao mosquito.
“Temos cidades com esgoto à céu aberto. Ainda temos criadouros
formados pelas fontes de contaminação dos próprios ambientes, dos
próprios riachos, dos açudes, pela falta de saneamento.”
O problema levantado pela gestora de saúde é um problema recorrente
no Piauí, onde mais 23% da população não tem abastecimento de água
adequado e o serviço de coleta de esgoto só alcança seis de cada dez
habitantes, segundo o Instituto Trata Brasil. Sem serviço de saneamento
apropriado, as pessoas tendem a armazenar água de forma incorreta, o que
favorece a proliferação do mosquito que transmite a dengue.
O risco de surto, entretanto, não se restringe ao Piauí e pode afetar
também os outros oito estados do Nordeste, além do Rio de Janeiro e do
Espírito Santo. O diretor do Departamento de Imunizações de Doenças
Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde, Júlio Croda, explica que a possibilidade de surto está
relacionada, principalmente, à circulação de um tipo de vírus que até
então era incomum no país.
“A nossa avaliação de risco é que existem bastante pessoas
suscetíveis nessas regiões e particularmente porque [o sorotipo 2] não
circulou muito no ano passado, a gente acredita que neste ano pode ter
uma circulação importante”.
No ano passado, foram registrados 59 casos prováveis de zika e 898 de
chikungunya. Os municípios de Alvorada da Gurguéia, Simplício Mendes,
Pavussu, Curimatá e Sebastião Leal, que tiveram as maiores taxas de
incidência de dengue, devem ter atenção redobrada. O mesmo vale para
Teresina, cidade que registrou o maior número de notificações da doença:
quase 4,7 mil.
No Brasil, foram notificados mais de um milhão e meio de casos
prováveis de dengue em 2019. Por isso, a luta contra o mosquito não pode
parar. Cada pessoa deve se tornar um fiscal para eliminar focos com
água parada e impedir que o mosquito se prolifere.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa.
Proteja a sua família. Para mais informações, acesse
saude.gov.br/combateaedes.
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