O bloco é feito com sobras de retalhos, fica 10% mais leve que os tradicionais, além de ser acústico por causa da fibra e um isolante térmico
Oito
alunos do SESI de São João Nepomuceno desenvolveram um tijolo
ecológico, feito de um material utilizado em roupas: retalhos de jeans. A
inovação é um das selecionadas para participar da etapa nacional do
Festival SESI de Robótica, que começa nesta sexta-feira (6), em São
Paulo.
A intenção dos estudantes, que formam a equipe “Delta”, foi de aliar
sustentabilidade com eficiência. Eles chegaram até a ideia do tijolo
após observar a quantidade de pano de jeans descartado pela indústria
têxtil, cadeia produtiva que é a segunda maior empregadora do estado,
segundo a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).
O aluno Gabriel Domingos de Sousa, de 16 anos, explica que a linha de
produção do tijolo não muda e a diferença para o modelo tradicional é a
inclusão dos restos de jeans. Conta que o tecido é moído e colocado na
massa, que demora cerca de 25 dias para secar. O tijolo fica 10% mais
leve que os comuns, além de ser isolante acústico por causa da fibra.
Após passar por testes, a equipe verificou que o tijolo suporta cerca de
sete toneladas e meia, atendendo aos pré-requisitos exigidos pelo
mercado, além de custar R$ 0,12 mais barato.
A poucos dias da etapa nacional, Gabriel tenta conciliar a rotina de
treinos com a expectativa para a competição, que reunirá 100 equipes de
todo o país. Para o estudante, o resultado recompensa o esforço da
equipe. “É sempre muito emocionante, estou na minha terceira
participação. A cada ano, fomos evoluindo, dessa vez tivemos uma rotina
de treinos bem intensa, nas férias, aos sábados”, relata o jovem.
A equipe Delta foi uma das três selecionadas na seletiva regional
disputada no mês passado, em Contagem. No total, 36 equipes concorreram a
uma vaga na disputa nacional. O esforço para avançar ainda mais nos
quesitos de avaliação é a chave para o sucesso, segundo o professor de
matemática e técnico da equipe, Rangel Zignago.
O objetivo, espera ele, é treinar para aprimorar o que foi
apresentado na regional e conseguir melhorar a pontuação nos desafios
propostos na competição. Nos torneios de robótica FLL, os competidores
são avaliados em quatro categorias: Projeto de Pesquisa, Desafio do
Robô, Design do Robô e Core Values.
“É uma grande felicidade, algo que a gente busca há anos. No último torneio, ganhamos alguns troféus, referentes ao ‘Designer do Robô’, mas batia na trave, faltavam alguns ajustes. Esse ano, foi uma notícia tão boa, tão alegre para nossa escola, porque a gente treinou muito. Colher esse fruto, para gente, tem sido muito satisfatório”, afirma o técnico.
“É uma grande felicidade, algo que a gente busca há anos. No último torneio, ganhamos alguns troféus, referentes ao ‘Designer do Robô’, mas batia na trave, faltavam alguns ajustes. Esse ano, foi uma notícia tão boa, tão alegre para nossa escola, porque a gente treinou muito. Colher esse fruto, para gente, tem sido muito satisfatório”, afirma o técnico.
O Festival SESI de Robótica, que é o maior campeonato de robótica do
Brasil, reunirá 100 equipes de todo o Brasil, formadas por estudantes de
9 a 16 anos, na categoria FIRST LEGO League, que utiliza robôs Lego
para enfrentar os desafios desta temporada. A ideia é promover
disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, além da sala de
aula. Este ano, os competidores terão que apresentar soluções inovadoras
para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a
acessibilidade de casas e prédios.
O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mól, ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio, uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja desenvolvido”, atesta.
O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mól, ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio, uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja desenvolvido”, atesta.
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