quarta-feira, 11 de março de 2020

Municípios da microrregião de Toledo (PR) registram aumento de quase 50% nos casos de sífilis

população dos municípios pequenos do oeste paranaense precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis

Ministério da Saúde

A população dos municípios pequenos do oeste paranaense precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso da camisinha. 
Na microrregião de Toledo, por exemplo, onde estão os municípios de Assis Chateaubriand, Terra Roxa, Santa Helena, Marechal Cândido Rondon, Palotina e outras 15 cidades paranaenses, as infecções por sífilis entre a população tiveram aumento de 44%, em apenas um ano – de 2017 a 2018.  Apenas nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 288 pessoas na região. Os dados são do DataSUS.
As autoridades em saúde alertam que a negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são problemas apenas das cidades grandes podem ser fatores que contribuem para aumento das Infecções Sexualmente Transmissíveis nos municípios com populações abaixo de 50 mil habitantes e, principalmente, entre os jovens.
A coordenadora geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa, destaca a importância do diagnóstico rápido para o sucesso do tratamento.
“As pessoas precisam saber que podem estar correndo o risco de  se expor à uma IST, que podem se contaminar e que podem procurar o serviço de saúde para fazer o diagnóstico e o tratamento. Muitas vezes, a pessoa não vai ter nenhum sintoma aparente. E, mesmo que não ache, deve usar a camisinha em toda relação sexual.”


O Paraná registrou, ao todo, mais de cinco mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado e, nos últimos 10 anos, foram mais de 37 mil casos registrados. Além disso, o estado teve mais de 800 casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 39 mil paranaenses, nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram de três mil pessoas, de 2000 a 2017, no estado. Os dados são dos últimos Boletins Epidemiológicos de HIV/Aids e Hepatites Virais, divulgado pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante durante todo ano também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.   
“Se colocamos o jovem como prioridade nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da camisinha.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.

Agência do Rádio

 

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