população dos municípios pequenos do oeste paranaense precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis
A
população dos municípios pequenos do oeste paranaense precisa se
prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV,
gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de
uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja,
sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Toledo, por exemplo,
onde estão os municípios de Assis Chateaubriand, Terra Roxa, Santa
Helena, Marechal Cândido Rondon, Palotina e outras 15 cidades
paranaenses, as infecções por sífilis entre a população tiveram aumento
de 44%, em apenas um ano – de 2017 a 2018. Apenas nos seis primeiros
meses de 2019, a sífilis infectou 288 pessoas na região. Os dados são do
DataSUS.
As autoridades em saúde alertam que a
negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são
problemas apenas das cidades grandes podem ser fatores que contribuem
para aumento das Infecções Sexualmente Transmissíveis nos municípios com
populações abaixo de 50 mil habitantes e, principalmente, entre os
jovens.
A coordenadora geral de Vigilância das
Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica
Espinosa, destaca a importância do diagnóstico rápido para o sucesso do
tratamento.
“As pessoas precisam saber que podem
estar correndo o risco de se expor à uma IST, que podem se contaminar e
que podem procurar o serviço de saúde para fazer o diagnóstico e o
tratamento. Muitas vezes, a pessoa não vai ter nenhum sintoma aparente.
E, mesmo que não ache, deve usar a camisinha em toda relação sexual.”
O Paraná registrou, ao todo, mais de
cinco mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado e, nos
últimos 10 anos, foram mais de 37 mil casos registrados. Além disso, o
estado teve mais de 800 casos de HIV notificados, apenas nos seis
primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu
mais de 39 mil paranaenses, nos últimos 20 anos. As hepatites virais
mataram de três mil pessoas, de 2000 a 2017, no estado. Os dados são dos
últimos Boletins Epidemiológicos de HIV/Aids e Hepatites Virais,
divulgado pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção
das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante
durante todo ano também entre os jovens dos municípios pequenos, como
ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde,
Gerson Pereira.
“Se colocamos o jovem como prioridade
nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das
hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na
população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da
camisinha.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende
distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa
um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas
distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos
estados.
Além disso, todas as unidades de saúde
do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para
o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes
rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma
responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente
Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba
mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria
Amada, Brasil.
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