Na microrregião onde estão os municípios de Palmares, Escada, Amaraji e outras 17 cidades pernambucanas, a infecção por sífilis entre a população teve aumento de 433%, em apenas um ano, de 2017 a 2018.
A
população dos municípios pequenos do sul pernambucano precisa se
prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV,
gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de
uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja,
sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Quipapá, onde estão
os municípios de Palmares, Escada, Amaraji e outras 17 cidades
pernambucanas, a infecção por sífilis entre a população teve aumento de
433%, em apenas um ano, de 2017 a 2018. Nos seis primeiros meses de
2019, a sífilis infectou 51 pessoas na região. Os dados são do DataSUS.
As autoridades em Saúde alertam que a
negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são
problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das
ISTs principalmente entre os jovens.
A pouca informação ainda é um problema
para a prevenção e tratamento das ISTs, como explica a
coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente
Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa. A gestora
ressalta que a camisinha é melhor forma de prevenção.
“A importância de você ter conhecimento
do que são essas infecções e usar a camisinha é para evitar qualquer uma
delas. Mas, uma vez que tem alguma IST, você deve procurar o serviço de
saúde para receber o atendimento de orientação e aconselhamento. Isso é
importante porque você corta a cadeia de transmissão.”
Pernambuco registrou, ao todo, mais de 3
mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado e, nos
últimos nove anos, foram quase 20 mil casos registrados.
Além disso, o estado teve 804 casos de
HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids,
doença causada pelo HIV, atingiu mais de 30 mil pernambucanos, nos
últimos 20 anos. As hepatites virais mataram 2.145 pessoas no estado, de
2000 a 2017. Os dados são dos últimos Boletins Epidemiológicos
divulgados pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção
das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante ano
também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor
do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Se colocamos o jovem como prioridade
nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das
hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na
população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da
camisinha.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende
distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa
um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas
distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos
estados.
Além disso, todas as unidades de saúde
do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para
o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes
rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma
responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente
Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba
mais em: saude.gov.br/ist.
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