Na microrregião onde estão os municípios de Mendes, Paracambi e outras quatro cidades fluminenses, as infecções por sífilis entre a população tiveram queda de 24%, em apenas um ano, de 2017 a 2018.
A
população dos municípios pequenos do centro-sul fluminense precisa se
prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV,
gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de
uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja,
sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Vassouras, onde estão
os municípios de Mendes, Paracambi e outras quatro cidades fluminenses,
as infecções por sífilis entre a população tiveram queda de 24%, em
apenas um ano, de 2017 a 2018. Porém, apenas nos seis primeiros meses
de 2019, a sífilis infectou 14 pessoas na região. Os dados são do
DataSUS.
As autoridades em saúde alertam que a
negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são
problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das
ISTs, como explica o médico da Secretaria de Saúde, do estado do Rio de
Janeiro, Alexandre Chieppe.
“Existem diversos motivos para a
população de jovens ser mais acometida pelas infecções sexualmente
transmissíveis. Primeiro, porque é um público que não viveu o período de
grande incidência de HIV/Aids. Não conviveu com pessoas famosas,
grandes ídolos, morrendo pela Aids. Então, há uma tendência de
relaxamento em relação ao uso da camisinha, principalmente. Segundo, que
é um público que tem tendência a se arriscar mais.”
O estado do Rio de Janeiro registrou, ao
todo, quase 6 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado
e, nos últimos 10 anos, foram quase 20 mil casos registrados.
Além disso, o estado teve mais de 1,6
mil casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019.
Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu quase 98 mil pessoas, nos
últimos 20 anos. As hepatites virais mataram 8,5 mil pessoas no estado,
de 2000 a 2017. Os dados são dos últimos Boletimns Epidemiológicos
divulgados pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção
das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante
também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor
do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Se colocamos o jovem como prioridade
nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das
hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na
população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da
camisinha.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende
distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa
um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas
distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos
estados.
Além disso, todas as unidades de saúde
do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para
o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes
rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma
responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente
Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba
mais em: saude.gov.br/ist.
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