sexta-feira, 29 de maio de 2020

Governo abre crédito de 15,9 bi para programa de apoio a pequenas empresas durante pandemia

Pronampe estabelece garantia de até 85% para microempreendedores tomarem empréstimos

Foto: Gilson Abreu/Agência de Notícias do Paraná

Uma medida provisória editada pelo governo federal (MP 972/2020) abriu o crédito extraordinário de R$ 15,9 bilhões para pagar as despesas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). De acordo com o governo, esse crédito extraordinário vai servir para ampliar o acesso ao crédito das micro e pequenas empresas. Assim, evitando que pequenos empreendimentos sejam fechados durante a crise do novo coronavírus e também evitando demissões. 
O Pronampe foi criado por lei no começo deste mês, com o objetivo de ajudar as empresas durante a crise do novo coronavírus. O programa funciona como um fundo de aval, ou seja, quem empresta o dinheiro são os bancos, mas o Pronampe serve de garantia para empreendedores que não possam oferecer garantias próprias na hora de ter acesso ao crédito. De acordo com a lei que criou o Pronampe, o Fundo Garantidor de Operações (FGO) pode garantir até 85% do valor dos empréstimos tomados a partir do programa.
O texto aprovado no Congresso prevê que micro e pequenos empresários podem pedir empréstimos de até 30% de sua receita bruta do ano passado. Se a empresa tiver mais de um ano de funcionamento, o limite será de 50% do capital social do empreendimento ou de 30% da média de faturamento desde que começou a funcionar. A contrapartida para ter acesso a esse empréstimo é que as empresas devem manter o número de funcionários. O prazo para pagamento do empréstimo é de 36 meses
Em abril, segundo o governo federal, houve queda de até 80% nas vendas de bens duráveis e serviços e de 20% na venda de bens não-duráveis. O governo também pontua que houve aumento significativo no número de pedidos de Seguro Desemprego no final do mês passado.



Daniel Marques

Jornalista brasiliense formado pela Universidade de Brasília (UnB), com passagens em redações da capital. Trabalhou como repórter no Correio Braziliense e Rádio CBN, além de agências de comunicação. Atualmente, integra a redação do Brasil 61 com pautas de saúde e política.

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