Pesquisa coletou amostras de esgoto em 20 pontos das duas cidades e mostrou que, em duas semanas, o vírus se espalhou para áreas onde ainda não estava presente
A presença do novo coronavírus em Belo Horizonte e em Contagem está aumentando. É o que mostra um estudo que usa o esgoto das cidades mineiras para avaliar a proliferação do vírus.
Na primeira análise, feita entre 27 de abril e 8 de maio, 29% das amostras coletadas na bacia do ribeirão Arrudas apresentaram indícios do novo coronavírus. O número de amostras positivas saltou para 50% na quinzena seguinte. Já no ribeirão da Onça, a quantidade de amostras positivas passou de 64 para 69%. Os afluentes recebem dejetos de diferentes regiões de Belo Horizonte e de Contagem.
Nessa etapa, a pesquisa ainda não apresenta dados conclusivos, já que análises mais aprofundadas serão divulgadas a partir do próximo boletim. Nele, será analisado a variação da incidência do vírus nos esgotos em relação ao número de casos confirmados de covid-19 nas regiões.
O objetivo do projeto é repassar ao poder público informações sobre quais áreas precisam de mais atenção. “De posse dessas informações, os profissionais de saúde podem ir naquele local onde há maior carga viral no esgoto, que indica que o um maior número de pessoas está infectada, para adotar medidas cabíveis de prevenção, como a lavagem das mãos, o uso de máscaras e o isolamento social”, explica Juliana Araújo professora associada da UFMG, doutora em Engenharia Hidráulica e Saneamento.
O projeto é desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
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