Segundo o Governo Federal, nesse momento, um dos pontos mais importantes é a parte da operacionalização, ou seja, o envio, distribuição e aplicação desses insumos que vão proteger as pessoas do novo coronavírus
Com a divulgação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde vai coordenar
as ações de resposta às emergências em saúde pública, incluindo a
mobilização de recursos, aquisição de imunobiológicos, vacinas e a
articulação da informação entre as três esferas de gestão do SUS.
As diretrizes visam apoiar Estados e Municípios no planejamento e
organização para vacinar a população, um assunto importante que precisa
ser tratado por todas as esferas de governo e da operacionalização, ou
seja, o envio, distribuição e aplicação desses insumos que vão proteger
as pessoas do novo coronavírus.
Isso porque uma vacina precisa ser conservada na temperatura certa para
não perder a eficácia. O processo não é simples e necessita de um planejamento sobre como realizar o transporte desses produtos biológicos evitando que estraguem ou percam o efeito antes de chegarem aos postos de vacina por todo o País.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde, Arnaldo Medeiros, é preciso criar estratégias diferentes que se
adequem à realidade de cada localidade do País, uma vez que a vacinação
contra a Covid-19 pode exigir diferentes formas de se organizar entre
estados e municípios devido à possibilidade da oferta dos imunizantes,
para diversas faixas etárias/grupos.
“É por isso que quando nós falamos em vacina, olhamos para esse País de
oito milhões e quinhentos mil quilômetros quadrados, com 27 Unidades
Federativas e formado por 5.570 municípios. Esse país, com essas
dimensões, possui hoje 38 mil salas de vacina, podendo chegar a 50 mil
postos durante o período de campanha da vacinação e ainda possuímos 52
Centros de Referência de Imunobiológicos Especializados”, detalhou o
secretário.
“Municípios precisam se organizar para vacinação contra Covid-19”, diz médica infectologista
“SUS vai ter prioridade nas vacinas produzidas no Brasil”, afirma Pazuello
Apesar do plano do governo estar pronto e o Ministério da Saúde já ter
se manifestado afirmando que o documento não é definitivo e vai receber
alterações conforme os insumos e vacinas cheguem, tudo o que não se tem
neste momento é tempo, como destaca a professora da Universidade Federal
do Espírito Santo (UFES) e pesquisadora do CNPq, Ethel Maciel.
“O plano menciona, também, o Instituto Butantan mas ainda de forma muito
genérica, pois a gente não consegue saber quantas doses vão estar
disponíveis e em quantos tempo. Isso é uma lacuna que ainda precisa ser
esclarecida. Ainda temos o problema da compra dos insumos, que ainda não
temos a real certeza de quanto tempo vão chegar as agulhas e seringas
que o Governo está comprando. Tudo isso precisa estar claro”, ressaltou a
pesquisadora.
Em relação à distribuição das vacinas e insumos, o plano do governo
destaca a logística de distribuição para os estados – e deles,
posteriormente, aos municípios; vai ser realizada por envios aéreos e
rodoviário, essa última contando com uma frota atual de 100 veículos com
baús refrigerados que se encontram em processo de expansão para 150
veículos até o final de janeiro de 2021. Toda frota possui sistema de
rastreamento e bloqueio via satélite. Além disso, o Ministério da Saúde
conta com a parceria do Ministério da Defesa, no apoio às ações em
segurança, comando e controle e logística para vacinação em áreas de
difícil acesso.
Fonte: https://brasil61.com/noticias/uniao-estados-e-municipios-precisam-trabalhar-juntos-na-distribuicao-e-vacinacao-contra-covid-19-bras203083
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