Apenas no estado do Paraná foram registradas 34 mortes de primatas
Entre
julho de 2019 e 8 de janeiro deste ano, 38 macacos morreram por febre
amarela nas regiões Sul e Sudeste. Outras mil mortes de primatas com
suspeita da doença foram investigadas em todo o Brasil. Os dados são do
último boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (15) pelo
Ministério da Saúde.
De acordo com a publicação, o estado do Paraná concentra 89,5% dos
casos do período, com 34 mortes. São Paulo está em segundo, com 7,9%, e
em seguida está Santa Catarina, com 2,6%. Desde o reaparecimento da
doença na região Centro-Oeste, em 2014, a doença “avançou
progressivamente no território brasileiro”, aponta o boletim.
Como consequência, a febre amarela atingiu áreas com baixa cobertura
vacinal, onde a vacinação já não era mais recomendada. O estudo revela
também que a chegada do vírus ao Vale do Ribeira, em São Paulo,
possibilitou sua entrada em Santa Catarina e no Paraná. Estas áreas não
registravam circulação do vírus há décadas.
No primeiro semestre de 2019, 14 pessoas morreram devido à febre
amarela no Brasil, 12 delas no estado de São Paulo. No período entre
julho de 2019 e janeiro de 2020.
A febre amarela é uma doença causada por um vírus transmitido através
da picada de mosquitos infectados. Não pode ser transmitida de pessoa
para pessoa e nem através de macacos. Os primatas, por sua vez, são
importantes para detectar a circulação da doença.
Ela possui dois ciclos de transmissão: silvestre, em áreas rurais e
florestas, e urbano. Nas áreas urbanas, é transmitida pelo mosquito
Aedes aegypti. A vacina é a principal ferramenta de prevenção contra a
febre amarela e é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Só é
preciso tomar uma dose durante toda a vida.
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