Uma das medidas para tentar controlar circulação do vírus no país é a liberação de R$ 5 bi de emendas do relator do Orçamento para ações de saúde
Com
mais de 118 mil casos espalhados pelo mundo, o novo coronavírus está em
curso de uma situação de pandemia, ou seja, uma epidemia global. De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), chegou a hora do mundo
tomar medidas de controle e prevenção para a situação não fugir
totalmente do controle. Nos últimos dias, o registro de casos do
Covid-19 fora da China aumentou 13 vezes e o número de países com
notificações da doença triplicou.
Na tarde desta quarta-feira (11), o ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta, afirmou que o Brasil já estava ciente do risco de ampla
disseminação do vírus e está preparado para combater e tratar os casos
da doença.
“De uma maneira até certo ponto tardia, a OMS concorda com a posição
brasileira de que estávamos frente a uma pandemia. Pandemia é uma
situação que um vírus tem uma alta capacidade de presença em continentes
e transmissão sustentada em vários desses continentes. O Brasil já
vinha alertando para isso. Então, pacificando essa questão, o vírus
começa a ser melhor decifrado quanto ao seu comportamento”, afirmou
Mandetta, durante participação na comissão da Câmara dos Deputados que
trata do assunto.
Segundo o ministro, serão liberados R$ 5 bilhões de emendas do
relator do Orçamento para ações de saúde, recursos que poderão ser
aplicados em compras de máscaras, luvas e materiais desinfetantes. Um
membro do Legislativo, ainda não definido, será convidado para compor um
comitê das despesas para conter o coronavírus.
“O vírus é extremamente duro e derruba o sistema de saúde. Se ele não
tem letalidade individual elevada, ele representa risco ao sistema de
saúde. Quando mais aguda [a circulação do vírus], mais pessoas ao mesmo
tempo acionam o sistema de saúde”, ponderou o ministro.
Para reforçar o aparato em torno das medidas contra a doença, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que o Parlamento
vai atuar rapidamente para formar uma agenda que minimize os impactos da
pandemia de coronavírus. “Estamos à disposição para discutir não apenas
leis, mas principalmente soluções que envolvam o nosso orçamento, já
que sabemos que haverá necessidade de utilização de recursos que não
estavam previstos”, reforçou.
Responsabilidade social
No fim da tarde desta terça-feira (11), o Ministério da Saúde
atualizou os dados do novo coronavírus: já são 52 casos confirmados no
país e 907 suspeitos. O caso mais grave até o momento foi registrado em
Brasília (DF). O marido de uma paciente já diagnosticada com a doença
também recebeu resultado positivo, após ser obrigado pela Justiça a
fazer o exame.
Sobre esse caso especificamente, o ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta, lembrou que posturas como essa do paciente podem representar
um risco à saúde pública por conta da circulação não controlada do
vírus. “Se nós formos para esse quadro com esse tipo de comportamento,
será muito difícil. Entendamos que, no momento, temos que fazer aquilo
que está ao alcance das mãos de todos os brasileiros. Lavem as mãos, se
estiver gripado, resfriado, não visite pessoas idosas”, recomendou
Mandetta.
Outro comportamento que não ajuda nesse momento é o de propagação de notícias falsas, as chamadas fake news.
A cada semana, enquanto o Ministério da Saúde atualiza o números de
casos confirmados de infecção por coronavírus no Brasil, redes sociais e
grupos de conversas de WhatsApp e Telegram, por exemplo, são tomados
por informações que desinformam a população sobre as formas de contágio e
prevenção ao COVID-19. Para informações oficiais, acesse o site
saúde.gov.br/coronavirus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário