Representante do Ministério da Economia defende que benefício continue, mas com valor menor ao do distribuído atualmente
O
secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que o
auxílio emergencial, benefício destinado aos trabalhadores informais,
microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, do Governo
Federal poderá ser prorrogado por mais três meses. A declaração foi
dada nesta quinta-feira (28), em videoconferência promovida pela
Comissão Mista criada pelo Congresso Nacional para discutir os impactos
do novo coronavírus na economia brasileira.
Rodrigues representou o ministro Paulo Guedes na reunião. O
Ministério da Economia chegou a sugerir a continuidade do benefício por
mais três meses, mas em valores menores dos atuais. A pasta propõe a
concessão de R$ 600, divididos em três parcelas de R$ 200.
“O auxílio emergencial será prolongado, muito provavelmente sim, mas
com outro perfil, outro formato. É um programa valiosíssimo e de alta
efetividade, mas é também um programa caro”, defendeu.
Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), até 11 de maio, 50,5 milhões
de brasileiros foram contemplados com o auxílio de R$ 600. O governo
federal já desembolsou, até o momento, R$ 35,5 bilhões para a concessão
do benefício. Ao todo, o programa é estimado em R$ 152,6 bilhões.
Waldery Rodrigues disse que, mesmo em meio à uma situação de
emergência, os gastos federais têm que ser prudentes. De acordo com ele,
o poder público precisa pensar a longo prazo nos impactos das despesas
que cria.
“Tem que ser um jogo em que todos possamos ter condições de combater o
coronavírus. Mas existe um pós coronavírus... Por mais grave que seja
essa crise, ela tem início, meio e, por isso, temos que nos preparar
para momentos à frente.”
ResponsabilidadeO relator da comissão, deputado federal Francisco Jr. (PSD-GO), defendeu a aplicação de recursos, por parte do governo federal, de uma forma mais “eficiente” e que não prejudique as contas públicas após o fim da pandemia. “Hoje, temos dificuldade para gastar e gastar bem é o maior desafio”, disse o parlamentar.
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